10/11/09

OS OUTROS É QUE TRAMAM ISTO TUDO!

Ainda percorria o meu caminho académico, quando um professor meu da cadeira de Gestão de Recusros Humanos, de seu nome João Leite Ribeiro, se virou para a turma e proferiu a seguinte frase: «(...) se não fossem os outros... Eles é que tramam isto tudo.» Fez-me lembrar um outro professor, esse ainda no meu tempo de secundário (Eng.º Artur Rodrigues) que dizia: «(...) ai mãezinha, eu até percebo de matemática, mas com números, porque quando aparecem as letras... aí complica-se a coisa.».


Isto para dizer que, numa das últimas sessões de catequese do grupo do 10.º ano veio a propósito a importância (ou falta dela) dos outros na nossa vida. Apareceu então um convite à reflexão, tendo por base a bombástica frase: «Os outros é que tramam isto tudo». Ao longo das próximas semanas serão 'postadas' algumas dessas reflexões.

Excelente oportunidade para partilhar experiências e saberes...

12 comentários:

  1. Os outros... É como o açúcar nos bolos... Sem ele, ou um adoçante, o bolo fica completamente sem sabor... Estamos sempre a dizer, numa fase da vida: «Eu quero ser independente! Eu consigo viver sozinho!», mas não é bem assim... Ninguém cresce saudável, se não tiver a companhia dos outros. Fica com uma personalidade demasiado centrada em si... E mesmo para isso, precisa dos outros... Para se afastar deles! Assim, seja para o bem ou para o mal, ninguém consegue sobreviver sozinho nesta sociedade...
    Já agora, este blog também não consegue sobreviver sozinho!... Lol... Mas é sem dúvida um lugar ideal para trocar opiniões...

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  2. Alguém se imagina a viver sem um outro seker?...

    Seria bastante complicado, ja para nao dizer impossivel. Basta pensar um bocado, chegamos logo à conclusão que sao os outros que nos ensimam tudo, k nos fazem crescer e ser como somos. Claro k podemos ser nós o centro da nossa vida, mas se existe em centro, o mesmo pressupõe uma vizinhança, algo que o complete...

    Não invalido a hipótese de serem os outros a tramas isto tudo, mas esses são os mesmos outros que dão sentido à nossa vida. E quando é assim, é pro bem e pro mal...

    =) Eu prefiro arriscar no outro

    Ps: já k nao consigo postar nada ao menos comento ;)

    Boa sorte

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  3. Falar dos outros é sempre muito complicado! Talvez porque, não raras vezes, queremos fazer do outro um «outro eu». Seja como for, somos seres sociais, por excelência e, por isso, também somos «o outro». Isso significa que estamos em relação constante uns com os outros. Se assim não fosse, o que seria do ser humano?
    Como diz a nossa Carla, é para o bem e para o mal!

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  4. Tão bonito... Tão facil... Mas ao mesmo tempo tão dificcil...

    É tão bonito ver como é fácil falar do outro, do proximo.

    Como é bom dizer que uma vida sem pessoas que nos rodeiam e que gostam de nós é tao facil.
    É simples dizer mos que que a nossa falecidade depende da felicidade dos outros.
    É tao bom dizer que na palavra de Deus reside a nossa orientação e a criação de um mundo menos imperfeito.

    Palavras, nao custa nada pronuncialas.
    Mas será assim tao facil cumprirmos aquilo que dizemos? Será que diálogo sao só palavras ou também se transformará em actos?

    Parece que fica mesmo pelas palavras... "Palavras, palavras leva as o vento!"

    Porque será que quando vemos um bloque de um suposto Grupo de Catequese, pensamo, logo: trata se um grupo unido de pessoas Cristãs que além de espalharem a palavras de Deus também a cumprem e dão o IMPORTANTE EXEMPLO de como nos devemos tratar a nós proprios e ao nosso proximo!

    Mas quando entremos na realidade do 'grupo', encontramos nao um grupo, mas sim um conjunto de pessoas!
    Como se pode chamar grupo a um conjunto de pessoas que se subdividem em varios grupos? que realidade é esta em que aqueles que supostamente seguem a palavra de Deus só nao prejudicam o proximo se nao puderem?
    Que religiao sem exemplo é esta?
    Como se justifica a desuniao, a inveja, zangas, entre outras desavenças DENTRO DE UM SUPOSTO GRUPO DE CATEQUESE?

    É tão fácil falar, mas ao dificil cumprir aquilo em que supostamente se acredita...


    Obrigado. Sim obrigado por conseguirem desunir aquilo que era unido!!

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  5. Para anónimo:

    É pena que não tenhas coragem de dizer isso na «cara», ou seja, identificares-te e não te esconderes do «tão fácil» anónimo. Foi, sem dúvida, um «BOM EXEMPLO».

    Não sei quem és nem a quem te diriges, nem se fazes parte do grupo. Também isso não é o mais importante.

    Mas, é engraçado ver o teu contributo de união. Aquela união que tu reclamas, essa mesma é negada por este comentário por duas razões principais:
    1.º Escondes-te atrás do fácil anomimato;
    2.º Lanças acusações, mas não concretizas.

    Se quisesses dar um contributo sério, davas a cara e, caso faças parte do grupo, fá-lo-ias em sede própria. Assim nada mais posso dizer do que lamentar profundamente as tuas palavras. Caso não saibas não há grupos perfeitos. E no grupo de catequese nem vejo assim tanta desunião, sinceramente...

    P.S.: apenas publiquei a mensagem para te poder responder. Porque, por norma, não publicamos mensagens anónimas. Não são próprias de pessoas sérias e conscientes. Não te quero ofender, mas eu faço parte, conm orgulho, do grupo de catequese do alto mouro e senti-me, naturalmente, ofendido com as tuas palavras. Até à próxima, espero.

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  6. Bem...
    Começo por dizer que nao me identifiquei logo de inicio para ter uma reacçao mais verdadeira.
    Acho que falhei foi numa coisinha.. nao e bem o grupo de catequese... é mais o 'Grupo' de catequistas!!
    Tenho problema em dar cara e, nao, com orgulho nao pertenço a esse suposto grupo!

    E se um dia alguem pensar que agi mal e que devia dizer cara a cara tambem digo, sim porque, ao contrario do que parece não costumo guardar recentimento e gosto de expressar a minha opinião.

    Peço desculpa se ofendi alguem mas sei que é uma realidade o que dice!

    Para terminar sou Samuel Alves de Parada do MOnte!

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  7. Olá Samuel.

    Partiste do pressuposto errado de que as pessoas não iriam ter uma opinião sincera.

    Aquilo que disseste ser uma realidade, não o sabes, porque não pertences ao grupo nem de catequistas nem de catequese. Podes, porventura, pensar que sabes. Mas, verdadeiramente, não sabes! Sabes uma coisa, é como quando as 'beatas' lançam boatos. Pensa-se que se sabe a verdade, mas não sabe.

    Ainda bem que gostas de exprimir livremente a tua opinião. Eu (Eduardo Afonso de Parada do Monte e catequista, com gosto, deste grupo de catequese) também gosto de o fazer.

    E digo-te... É com agrado que vejo que tens opinião (aliás, nunca pensei o contrário) e que, sobretudo, não guardas ressentimentos. É isso que faz de ti Cristão com voz. Mas dizer que «quando entremos na realidade do 'grupo', encontramos nao um grupo, mas sim um conjunto de pessoas!» não sabes do que falas, porque quando completaste os teus 10 anos de catequese (parabéns por isso), por iniciativa tua e de mais ninguém (que eu saiba, se assim não for corrige-me faz favor) deixaste de fazer parte do grupo. Quando uma pessoa quer lutar por algo, não se afasta, mas continua a lutar. Só quando se faz parte de um grupo se percebem os problemas e se luta para os resolver.

    O caminho do afastamento é o mais fácil e o menos Cristão. O grupo de catequistas é composto por pessoas. Pessoas que pensam diferente umas das outras. Chama-se a isso um grupo heterogéneo. Isso acontece em todos os grupos. Ou seja, somos, por natureza, um grupo imperfeito. Nenhum grupo do qual faças ou venhas a fazer parte será perfeito. Disso podes ter a certeza! A tua relação com os teus pais, com os teus irmãos, com os teus amigos, contigo próprio, devia ser perfeita. Mas não o é! Isso não faz com que tenhas uma família que não passa de um conjunto de pessoas ligadas por laços sanguíneos, nem tenhas um grupo de amigos que é uma fantochada, ou sim?!

    Vejo, com muito gosto, que estas questões te tocam, te incomodam. É bom sinal. É sinal de que tens Fé.

    Talvez um dia Ele te toque mais forte e, quem sabe, não venhas a fazer parte deste grupo. Este teu comentário, é um primeiro passo de aproximação. Da parte que me toca, sejas muito bem-vindo.

    Atreve-te a experimentar e, se encontrares algo menos bom, atreve-te a ter a coragem de contribuir para que melhore. É mais cómodo ficar em casa e limitar-se a criticar, não é?!...

    Um abraço!

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  8. A perfeiçao drentro de qualquer grupo ou relacionamento é inalcansavél.
    Contudo, é possivel dentro de um grupo a serio alcançar algo que ronda a perfeiçao.

    Quando completei o meu 10º ano deixei o grupo de catequese por iniciativa propria porque nao me sentia capaz de dar o importante exemplo.

    Dizes que não pertenço ao grupo nao posso saber a realidade do grupo. Desculpa mas nao concordo!!
    Um catequista, para mim, é uma pessoa verdadeiramente cristã que consegue cativar e introduzir no caminho do verdadeiro cristianismo nao so os catequisandos mas tambem as pessoas que o rodeiam e que com ele convivem. Assim não e apenas com palavra que se consegue!
    É por isso que quem esta por fora tambem avalia o funcionamento do grupo, pois quem ta dentro transmite uma ideia para o grupo mas para fora está a transmitir uma ideia mt diferente.

    E eu não desiti da minha fé!! Nunca neguei o meu cristianismo, nao me afastei e tento dar o melhor exemplo que consigo (mesmo sabendo que nem sempre é o mais correcto)

    As pessoas tem formas diferentes de pensar, de agir, de expressar as suas opiniões, e ainda bem que assim é! nao e por isso que um grupo deixa de funcionar.

    Mas quando nao ha amizade real entre elementos do grupo, quando estes elementos não dão o mininimo exemplo fora do grupo daquilo que nele tentam "construir", fazendo com que as pessoas com a fe mais fraca se afastem daquilo que um cristão nunca se deve afastar que é a Eucaritia, será que o grupo esta a cumprir a sua missão??

    Ficar em casa é muito relativo! nao preciso pertencer ao grupo para mostrar o meu cristianismo!


    As vezes a coisa mais insignificante torna se o aspecto mais importante!!!

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  9. Olá novamente, Samuel.

    Dizes que «não desiti da minha fé!! Nunca neguei o meu cristianismo, nao me afastei e tento dar o melhor exemplo que consigo (mesmo sabendo que nem sempre é o mais correcto». Não disse que desististe da tua Fé. Aliás, pelo contrário. Lá está, Samuel... O facto de, como dizes, os nossos comportamentos nem sempre serem os mais correctos, é que fazem com que qualquer grupo, mesmo um grupo de catequistas, seja imperfeito. Não somos Deus. Somo humanos que tentamos, dentro das nossas capacidades e conscientes das nossas fragilidades, construir alguma coisa. E, para isso, precisamos da ajuda de todos quantos queiram participar de livre vontade.

    «Mas quando nao ha amizade real entre elementos do grupo, quando estes elementos não dão o mininimo exemplo fora do grupo daquilo que nele tentam "construir", fazendo com que as pessoas com a fe mais fraca se afastem daquilo que um cristão nunca se deve afastar que é a Eucaritia, será que o grupo esta a cumprir a sua missão??». Não Samuel, não está, é um facto. Pelo menos na sua plenitude. Mas sabes, é muito reconfortante para mim ouvir de professores que ainda hoje me falam dizer que «a malta de lá de cima (das nossas zonas)é diferente» no ambiente onde se inserem (no caso a escola). Será que isto não é dar o mínimo de exemplo? Concordo contigo se disseres que podia ser melhor. Claro que sim! Mas não penses, nem por um segundo que o grupo não funciona. Todos os domingos há catequese. Todos os sábados ensaios para a Festa de Natal. Isto consome tempo. Achas que se alguém andasse a fazer favores a alguém ou contra-vontade que se preparava uma festa que dá tanto trabalho a preparar e que se fazia catequese com o afinco e qualidade com que se faz?

    Por outro lado, penso que um cristão a sério não se afasta da Eucaristia por causa do exemplo dos outros. Isso é a velha desculpa de que «os que vão à missa são os piores». Como tu bem dizes, é inalcançável um grupo perfeito. Nessa medida é que digo que apenas estando dentro do grupo se percebem os problemas, a raíz deles e, por vezes a dificuldade em ultrapassá-los e, por conseguinte, contribuir para a mudança. Repara, quem não faz não erra. Quem faz arrisca-se a errar. Essa é que é a verdade! Seria uma falácia admitir que o grupo é perfeito. Obviamente que não o é. Nenhum o é, como já concordamos.

    Insisto na ideia de que só quem faz é que erra e só quem se relaciona é que cria atritos com os outros, afinidades, etc., no fundo, coisas próprias do relacionamento humano. O importante é ter o dom de perdoar e de ser perdoado e acolher esse perdão! «Quem nunca pecou que atire a primeira pedra». Percebes? Bem sei, até por experiência própria, o que é pensar que um catequista tem de ser perfeito. Não foi à toa que só depois de 4 ou 5 anos de ter deixado a catequese aceitei o desafio que Ele me colocou. Não porque agora me sinta perfeito, longe disso, mas antes porque pensava como tu: pensava que os catequistas tinham de ser perfeitos. Bato-me todos os dias para ser cada vez melhor, ter uma fé mais esclarecida e procurar pôr em prática o que tento transmitir e o que Ele nos diz. Mas isso é tarefa de qualquer cristão e não apenas do catequista. Claro que temos de assumir as nossas responsabilidades enquanto catequistas e não as atirar para ninguém... As minhas assumo-as inteiramente.

    Mas mais... As críticas que nos são feitas (e agora não me refiro às tuas críticas), mostram que algo está a ser feito. Mostram que algo está a mexer. Que algo toca nas pessoas. O facto de o número de catequizandos aumentar a cada ano é também prova de que algo passa.

    «As vezes a coisa mais insignificante torna se o aspecto mais importante!!!». É, mas só quando dá algum fruto. Não sei ao que te estás a referir em concreto, mas se quiseres partilhar terei todo o gosto em dar-te a minha opinião. O agricultor, apesar de querer que os frutos sejam sempre os melhores, nem sempre consegue. Mas na colheita seguinte lá está ele a tentar novamente...

    Mais uma vez, nem que apenas seja ao blog, sê muito bem-vindo.

    Abraço!

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  10. Olá Samuel! Bem-vindo ao nosso blog! Um bem-haja pela tua aproximação! Deixo apenas algumas deixas.

    1. Falar do outro é falar de nós mesmos, uma vez que também somos o outro;
    2. A vida sem pessoas não é fácil, é impossível, uma vez que afasta a componente RELAÇÃO, tão importante para o ser humano. Já alguma vez imaginamos a nossa vida vazia de relações?
    3. A Palavra de Deus, de facto, deve ser a nossa orientação na criação de um mundo MENOS imperfeito, porque nunca será perfeito, uma vez que o ser humano é tudo, menos perfeito! Cada um de nós, sem distinção, é um pequeno poço de imperfeição.
    4. As palavras custa muito a pronunciá-las, ao contrário do que possamos pensar. Não é fácil LUTAR todos os dias para nos tornarmos bons pronunciadores e bons articuladores!
    5. O grupo de catequese não é um suposto grupo! É um grupo HETEROGÉNEO de pessoas de todas as idades, ideias, pensamentos, problemas, revoltas, convicções... É um grupo de muitos grupos, inserido num outro grupo muito maior que inclui muitos outros grupos, igualmente constituídos por pessoas igualmente diferentes umas das outras!
    6. Como podemos ter a certeza dos problemas proeminentes num grupo de médicos, se não exercemos medicina; num grupo de professores se não o somos; num grupo de funcionários de uma empresa, se não o integramos; de um grupo de amigos, se não formos parte dele? Saberemos nós das dificuldades que todos os dias se enfrentam? Saberemos nós do esforço que se faz para melhorar diariamente?
    7. O grupo de catequistas deve ter andado a fazer muito mal por aí e a dar muito mau exemplo, certamente! De contrário, como podemos condenar alguém, julgar alguém, neste caso um grupo, se nem dele fazemos, nem queremos fazer parte? Erros, certamente que cometeu e continuará a cometer (nós HUMANOS somos assim), mas também se esforça e esforçará QUOTIDIANAMENTE para melhorar, sem garantias (até as das máquinas são reduzidas e não passam disso mesmo, máquinas!).
    8.Esta é a caminhada de um grupo de catequese imperfeito: caminhar, mesmo com pedras no caminho que fazem tropeçar, cair... No meio de tudo isto, o justo é só um, CRISTO! Nós (TODOS os que querem pisar as suas pegadas) só tentámos ser reflexos, ainda que imperfeitos!

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  11. Realmente é muito triste ver estas pessoas num blog dedicado à catequese andarem-se a picar uns aos outros. ganhai juizo e digo-vos que isto nao é sitio de ter estas conversas....
    dai o exemplo na acção através das palavrinhas bonitinhas que dizeis.....
    bem haja....

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  12. Olá ...

    É pena teres comentado como anónimo, mas publico o comentário na mesma...

    E é pena, também, que tenhas defendido (e bem) que não nos devemos picar uns aos outros, mas tu (e mal) fizeste o mesmo...

    E só para completar... Aqui ninguém se pica a ninguém. Apenas se discute, argumenta, partilha e pensa em conjunto. Da minha parte, sempre com respeito pela opinião dos outros e pelo outro.

    Sê bem-vindo ao nosso blog...

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