16/11/09

OS OUTROS É QUE TRAMAM ISTO TUDO (II)

Esta é uma boa frase, para fazermos uma análise à nossa vida, em especial aos nossos comportamentos para vermos se realmente são os mais correctos.
Podemos começar por falar dos outros. Quem são os outros? Será que eles são importantes? É através deles que somos felizes ou infelizes? Ou será que nos são simplesmente indiferentes? Todas estas perguntas nos levam a uma enorme vontade de obter respostas e de conhecer o outro, todavia muitos de nós tem receio daquilo que possam vir a descobrir.

Neste contexto penso que os outros são todos aqueles que de uma forma ou de outra têm influência sobre os nossos actos, acções, na maneira de viver, de actuar na sociedade, na nossa forma de pensar, muitas vezes pelas suas críticas construtivas, o que é bom, ou pelas críticas destrutivas, o que é mau.
Isso até acontece com os nossos sonhos e projectos que por vezes são criticados, ou porque são absurdos ou porque causam inveja.

Todos nós temos sonhos, alguns desde crianças já tem um grande projecto para o futuro bem definido e pensado ao pormenor; outros dizem simplesmente:”Ainda é cedo…tenho muito tempo para pensar!”. Às vezes não temos assim tanto tempo como pensávamos e acabamos por nos precipitar e fazer aquilo que não queremos.

Normalmente os sonhos/projectos que cada um tem são coisas que à partida nos fazem felizes. Será que é se concretizarmos todos estes sonhos que vamos ser mais felizes do que aquilo que somos? O que será então a felicidade?

A verdade é que os sonhos são sempre uma parte importante na vida de cada um, mas não temos obrigatoriamente que os concretizar para sermos felizes. Cada um deve ser feliz à sua maneira, ou seja, deve tentar compreender aquilo que o faz feliz e fazer de tudo para viver sempre feliz. Isto tudo também depende daquilo que nós pensamos que seja o significado de felicidade. Cada um deve investigar-se a si próprio, pois é a melhor forma de perceber qual o seu conceito de felicidade e aquilo que o faz feliz.
A felicidade, acima de tudo, deve ser a nossa meta. Para lá chegarmos podemos escolher diversos caminhos: os mais fáceis ou os mais difíceis; podemos caminhar devagar ou correr, tudo depende da nossa vontade e da nossa disposição para conseguir alcançar o objectivo.

Será, então, aqui que entram os outros e estragam tudo?

Seja qual for o caminho escolhido, este vai ter obstáculos, que é necessário ultrapassar sem desanimar. Mas só quem estiver realmente disposto a lutar e a encontrar soluções para os problemas que então vão surgindo é que conseguirá avançar e radiará de felicidade no dia em que conseguir concretizar os seus objectivos e alcançar a meta.

Agora pensemos…não são estes grandes obstáculos que a vida nos prepara que nos ajudam e ensinam a ser cada vez melhores e mais persistentes perante as dificuldades? Então porque insistimos em dizer que eles estão lá apenas para nos tramar e nos fazer desistir? Será porque assim é mais fácil para nós quando estivermos cara a cara com eles dizer que os outros nos querem mal? Isto são tudo fantasmas que criamos na nossa cabeça e usamos para explicar a nossa cobardia perante os desafios lançados, e que nós por vezes, nem sequer percebemos qual a razão da sua existência.

Cada qual deve ser uma pessoa independente, tomar as suas próprias decisões e nunca deve culpar os outros por um erro que lhe diz respeito. Nós estamos cá todos para nos ajudarmos mutuamente senão porque é que existe o outro?

Se realmente estivéssemos isolados dos outros, sem qualquer tipo de contacto perceberíamos o quão importantes são as relações humanas e as vantagens que trazem consigo. O nosso problema é a falta de experiência, porque tenho a certeza que se cada pessoa reflectir sobre a sua atitude percebe que precisa de ajuda.

Como vemos, os outros vem tramar tudo mas é uma forma de nos fazer ver a nossa cegueira a ponto de que até uma pequena pedra num caminho nos faz tropeçar e cair. E o pior é que nos não sabemos como nem porquê. É nestes momentos em que estamos mais frágeis e não nos conseguimos levantar sozinhos que aparece Aquele que sempre nos acompanha e está onde é preciso para nos ajudar tal como faz ao longo da nossa vida. Nos momentos de mais dor, cura as nossas feridas e chama-nos para junto d' Ele, nos momentos de mais alegria salta, pula, dança, porque se nós estamos felizes Ele também está.
Devemos realmente fazer sempre tudo o que estiver ao nosso alcance para sermos felizes e para fazermos os outros felizes.
Alexandra Afonso, 14 anos, catequizanda do 10.º ano

1 comentário:

  1. Ainda bem que fazes parte da minha vida! E que bom ver-te trabalhar assim! Um grande beijinho!:)

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