29/03/10

RECOMENDAÇÃO AOS PAIS

Caros pais, convém que não se esqueçam de entregar as autorizações relativas à peregrinação até dia 4 de Abril. Ficamos à espera...
Desejos de uma Semana Santa cheia de boas vivências.

17/03/10

A VERDADE

Cada pessoa só constrói o seu projecto de vida, se procurar a verdade. Bloquear essa busca significa renunciar a encontrar o sentido da vida e perder-se no materialismo, fechando-se em relação aos outros (intolerância) e em relação a Deus (inacessível). Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro –“Não podereis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). A procura da verdade leva-nos ao bem. O desinteresse pela verdade faz-nos cair em verdades variáveis, que a meu ver é dos erros principais do nosso tempo. Quando caídos nas verdades variáveis, a prática de vida leva a que cada um faça a sua verdade, procurar ser feliz à sua maneira, a não se preocupar com a verdade em si mesma e nem se preocupar com o respeito pelos outros. De facto há pessoas que vivem na mentira e procuram colocar outros na mesma mentira; ocultam as suas intenções, aparentam o que não são, dizem o que não fazem, usam de todos os meios para atingir os seus fins (os que lhes convém). Nas palavras e nas atitudes, cultivam a dissimulação, ou seja, encobrem as próprias intenções, cultivam a duplicidade, falsidade e a hipocrisia, que foi denunciada e rejeitada por Jesus Cristo – “Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem” (Mt 23, 3). Com este conjunto de atitudes entram na destruição do próximo, tirando-lhe a dignidade, a felicidade, isto é, o que a pessoa humana tem de mais valor, a meu ver é o maior roubo que se faz, porque é um tesouro que depois de roubado não é restituível - “Não roubarás” (Ex 20,15). São famílias destruídas: marido contra esposa, esposa contra marido, pais contra filhos, pondo a verdadeira liberdade destes em risco, por conseguinte os filhos ficam no risco de ficar contra os pais, um autentico cenário de guerra, eu diria que é pior que a guerra com armas de fogo porque são mortes lentas e dolorosas –“Não matarás” (Ex 20,13). No fim de causar estes actos violentos essas pessoas ainda se sentem orgulhosas e acham-se pessoas da verdade e de actos correctos, o que as priva de verem a verdadeira verdade, não conseguem reconhecer o erro que cometeram: o egoísmo e a arrogância cega-os por completo! O que mais impressiona é como essas pessoas conseguem ver escândalos, onde existe a verdade o respeito, e não conseguem ver estes escândalos, eu digo (actos de terror) provocados por essas pessoas.

No meio disto tudo acho que o que falta é o amor à verdade, amor a si próprio e amor ao próximo, isto é, quando não temos amor a nós próprios, muito menos ao próximo. Quando vejo estas coisas a desenvolver-se desta maneira começo a acreditar que o diabo existe, não tem chifres nem cauda, mas é terrorento e tentador. Para combatê-lo só temos um caminho, que exige muito esforço, mas não é impossível, basta olhar para Aquele que nos indica o caminho da verdadeira verdade: DEUS.

Deus propõe o respeito pelo bom nome e a honra do próximo:”não responderás ao teu próximo com testemunho falso” (não levantarás falsos testemunhos) (Ex 20,16 ), assim fala Deus no Antigo Testamento. No Novo Testamento continua a passar mensagens contra a mentira e a falsidade: os mentirosos são excluídos do reino de Deus (cf 1Tm 1,10). A mentira altera as relações entre as pessoas e destrói a comunidade (cf Ef 4,25). A falsidade, a hipocrisia, opõe-se diariamente à vontade de Deus (cf Sir 28, 22-25).

Como conclusão, Deus, para mim, é a única verdade, que encontrámos em Jesus Cristo. Para segui-la é preciso seguir a voz da própria consciência, bem formada. A pessoa prudente é a que segue a voz da consciência, ouvindo o seu coração chamando-o sempre a amar, a fazer o bem e a evitar o mal.” Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim” (Jo14,6). Esta é que é a verdadeira verdade, não a de cada um.

Carlos Braz Domingues Afonso

09/03/10

INFORMAÇÕES

Olá a todos!

A catequese do Alto Mouro informa que nos próximos dias 14 de Março e 11 de Abril não haverá catequese, devido às visitas pastorais que decorrerão nesses dias.
Bons «feriados»!:)

06/03/10

A ILHA

Olá pessoal. Venho contar-vos uma história que li algures e achei interessante partilhar convosco. Provavelmente, já é vossa conhecida, mas mesmo assim acho que gostareis de a relembrar.

“Era uma vez uma ilha onde viviam todos os sentimentos e valores do Homem: o Bom Humor, a Tristeza, a Sabedoria… como também os outros demais, inclusive o Amor.
Um dia anunciou-se aos Sentimentos que ma ilha iria submergir. Então, todos prepararam os seus barcos e partiram. Só o Amor focou à espera, até ao último momento. Quando a ilha estava a ponto de afundar, o Amor decidiu pedir ajuda.
A Riqueza passou perto do Amor, num barco luxuosíssimo e o Amor disse-lhe:
- Riqueza, podes levar-me contigo?
- Não posso, porque tenho muito ouro e prata dentro do barco e não há lugar para ti.
Então o Amor decidiu pedir ao Orgulho que estava a passar numa magnífica barca:
- Orgulho, imploro-te, podes-me levar contigo?
- Não posso levar-te, Amor – respondeu o Orgulho – aqui tudo é perfeito e poderias arruinar a minha barca.
Então, o Amor disse à Tristeza que se estava a aproximar:
- Tristeza, peço-te, deixa-me ir contigo!
- Oh Amor – respondeu a Tristeza – estou tão triste que necessito de ficar sozinha.
De seguida, o Bom Humor passou em frente ao Amor; mas estava tão contente que nem sentiu que o estavam a chamar.
De repente, uma voz disse:
- Vem, Amor, que eu levo-te comigo.
Era um velho que o tinha chamado. O Amor sentiu-se tão contente e cheio de alegria, que se esqueceu de perguntar o nome do velho. Quando chegou a terra firme, o velho foi-se embora. O Amor deu-se de conta de quanto lhe devia e perguntou ao Saber:
- Saber, podes dizer-me quem me ajudou?
- Foi o Tempo – respondeu o Saber.
- O Tempo? – Perguntou o Amor a si mesmo. – Porque será que o Tempo me ajudou?”

E agora, eu pergunto-vos, tal como fez o Amor: Porque será que o Tempo o quis levar com ele? Qual é, de facto, a relação entre ambos que fez o Tempo ajudá-lo? Proponho que pensem um bocado sobre isso e dêem a vossa sugestão. Daqui a uns tempos voltarei para vos dar a conhecer a resposta que, na história,  o Saber deu ao Tempo, mas que certamente, vós já descobristes…
Ah, já agora, pensem também em todas as outras ‘negas’ que o Amor teve da parte de outros valores que, possivelmente, convivem com ele, bem como no porquê do Amor ter esperado até ao último momento até perceber que tinha mesmo que fugir da ilha.
Deixo-vos um último desafio, que é, cada um de nós, na nossa vida (e, principalmente, nesta altura da Quaresma), avaliar até que ponto deixamos que os nossos valores rejeitem o mais essencial e qual é a relevância que eles têm para nós.
 E pronto, por fim, um apelo para que partilhem as vossas opiniões, porque o objectivo é aprendermos algo uns com os outros, por isso tudo o que possam dizer é importante.
Até breve…

Carla Manuela Esteves